sexta-feira, 11 de junho de 2010

Muita rede, cada vez menos peixe

Balanço geral da temporada 2010 de pesca no Mediterrâneo: o atum azul está a mais um largo passo da extinção. Utilizando uma das técnicas mais desastrosas e insustentáveis de caça – a pesca de cerco, barcos europeus realizam um verdadeiro massacre da espécie. O Greenpeace está na área, a bordo do navio Rainbow Warrior.

A cota estipulada para este ano pela Comissão Internacional para a Conservação de Atuns (ICCAT) foi batida antes mesmo da temporada acabar, dia 15 de junho. Mas ainda há muito o que ser pescado nos mares de lá este ano, por navios que não impunham bandeiras europeias para fugir da regulação do setor e que ainda detém 40% de cotas de pesca do ICCAT.

Ainda estão nos mares um navio francês e grego, além de turcos e libaneses, com amplo poder de captura através da técnica da pesca de cerco – espécie de rede gigante que vai até o fundo do mar abocanhando 70% de todos os peixes que encontra pela frente. A maior parte dos atuns pescados este ano serão transportados para fazendas de engorda, para só depois serem vendidos nos lucrativos mercados japoneses.

A estimativa mundial é que mais de 80% da espécie já tenha sido dizimada dos mares mundiais. A expectativa é que venha a desaparecer por completo, caso a pesca não seja proibida em definitivo. “A comunidade científica já comprovou que a única cota aceitável de pesca do atum é zero. A espécie está a um passo da extinção. Esta temporada de pesca nunca deveria ter acontecido”, diz Oliver Knowles, coordenador da Campanha de Oceanos do Greenpeace Internacional.

Os ativistas que passaram a temporada a bordo do Rainbow Warrior e tentaram impedir a pesca desenfreada do atum azul, sofreram sérias represálias. Ao participarem de uma ação, foram feridos por ganchos atirados por um barco pesqueiro.

by http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Muita-rede-cada-vez-menos-peixe1/

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